domingo, 24 de janeiro de 2016

Blog orienta responsáveis por autistas



Foto: Reprodução/ Internet
Larissa Artiaga

    Uma fonaudióloga goiana inovou ao utilizar a internet como mecanismo de complemento ao tratamento realizado com pessoas autistas.Motivada pela experiência pessoal enquanto mãe de um garoto autista, Mariluce Caetano criou em 2011 o blog “Autismo em Goiânia”.
    A dificuldade encontrada na busca por informações sobre o transtorno, motivou a criação da página na internet.Ademais, o blog que tem como objetivo orientar familiares de autistas e difundir informações sobre a síndrome, já conta com mais de 400 mil acessos.

Autismo
      
   Segundo o Ministério da Saúde, o Autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), causado por defeitos em partes do cérebro como por exemplo, o cerebelo.Contudo, não existem estudos que possam provar definitivamente as causas do autismo em cada pessoa.
    A síndrome foi idenficada pela primeira vez na década de 1940, pelos médicos Leo Kanner e Hans Asperger.Os estudos de Kanner e Asperger, possibilitaram a identificação de algumas características comuns aos autistas, como por exemplo, o isolamento em relação ao mundo externo e a repetição constante de movimentos e barulhos.

Experiência Pessoal

   Mariluce informou que na época do nascimento de seu filho autista, há 11 anos, o acesso à informações sobre autismo na rede era restrito.Além disso, ela relatou sua experiência pessoal como mãe de uma criança autista.“Percebi que meu filho não estava se desenvolvendo de acordo com o padrão aos sete meses de idade.Primeiramente comecei a pesquisar sobre um possível problema de audição e com um ano e três meses após ele ter tomado a vacina MMR, ele perdeu todas as habilidades até então adquiridas.Meu filho perdeu a fala, o contato visual, e deixou de interagir.À partir desse momento notei que ele estava dentro do espectro”;conta

Tratamento
     
    O tratamento de uma pessoa autista envolve diversas áreas incluindo a fonoaudiologia.No entanto, a realização do tratamento pode apenas melhorar o desenvolvimento do autista, já que não há cura para o transtorno.
   A fonoaudióloga explicou que o tratamento envolve estímulos físicos além do trabalho com a linguagem.“O tratamento abrange desde a estimulação intra-oral, com toda a parte do sistema estomatognástico, lábios,língua, bochechas, trabalhando funções vegetativas como a respiração e a mastigação.Desse modo a criança autista adquire o quadro fonêmico, já que muitas vezes a criança autista possui seletividade alimentar.Além disso, é trabalhada a linguagem, por meio da introdução de métodos alternativos de comunicação como o método integral.Através dos exercícios fonoaudiológicos a criança entra no processo de desenvolvimento da fala; elucida Mariluce.
   Além do tratamento médico especializado, o acompanhamento de autistas também demanda a realização do processo educacional em escolas especiais.As escolas de educação especial desenvolvem um papel fundamental ao orientar os familiares, ajudando a inserir os autistas na sociedade por meio do atendimento prestado.


Confira o áudio da reportagem clicando no link:


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