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Reprodução/ Internet
Larissa Artiaga
Uma fonaudióloga
goiana inovou ao utilizar a internet como mecanismo de complemento ao
tratamento realizado com pessoas autistas.Motivada pela experiência
pessoal enquanto mãe de um garoto autista, Mariluce Caetano criou
em 2011 o blog “Autismo em Goiânia”.
A dificuldade
encontrada na busca por informações sobre o transtorno, motivou a
criação da página na internet.Ademais, o blog que tem como
objetivo orientar familiares de autistas e difundir informações
sobre a síndrome, já conta com mais de 400 mil acessos.
Autismo
Segundo o Ministério
da Saúde, o Autismo, também chamado de Transtorno do Espectro
Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), causado
por defeitos em partes do cérebro como por exemplo, o
cerebelo.Contudo, não existem estudos que possam provar
definitivamente as causas do autismo em cada pessoa.
A síndrome foi
idenficada pela primeira vez na década de 1940, pelos médicos Leo
Kanner e Hans Asperger.Os estudos de Kanner e Asperger,
possibilitaram a identificação de algumas características comuns
aos autistas, como por exemplo, o isolamento em relação ao mundo
externo e a repetição constante de movimentos e barulhos.
Experiência
Pessoal
Mariluce informou
que na época do nascimento de seu filho autista, há 11 anos, o
acesso à informações sobre autismo na rede era restrito.Além
disso, ela relatou sua experiência pessoal como mãe de uma criança
autista.“Percebi que meu filho não estava se desenvolvendo de
acordo com o padrão aos sete meses de idade.Primeiramente comecei a
pesquisar sobre um possível problema de audição e com um ano e
três meses após ele ter tomado a vacina MMR, ele perdeu todas as
habilidades até então adquiridas.Meu filho perdeu a fala, o contato
visual, e deixou de interagir.À partir desse momento notei que ele
estava dentro do espectro”;conta
Tratamento
O tratamento de uma
pessoa autista envolve diversas áreas incluindo a fonoaudiologia.No
entanto, a realização do tratamento pode apenas melhorar o
desenvolvimento do autista, já que não há cura para o transtorno.
A fonoaudióloga
explicou que o tratamento envolve estímulos físicos além do
trabalho com a linguagem.“O tratamento abrange desde a
estimulação intra-oral, com toda a parte do sistema
estomatognástico, lábios,língua, bochechas, trabalhando funções
vegetativas como a respiração e a mastigação.Desse modo a criança
autista adquire o quadro fonêmico, já que muitas vezes a criança
autista possui seletividade alimentar.Além disso, é trabalhada a
linguagem, por meio da introdução de métodos alternativos de
comunicação como o método integral.Através dos exercícios
fonoaudiológicos a criança entra no processo de desenvolvimento da
fala; elucida Mariluce.
Além do tratamento
médico especializado, o acompanhamento de autistas também demanda a
realização do processo educacional em escolas especiais.As escolas
de educação especial desenvolvem um papel fundamental ao orientar
os familiares, ajudando a inserir os autistas na sociedade por meio
do atendimento prestado.
Confira o áudio da
reportagem clicando no link:
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